Eu amo-te mais do que ao meu primeiro cão
Aula aberta de Interpretação II – Licenciatura em Teatro
Este exercício cénico parte de uma comédia grega de Aristófanes, Lisístrata, apresentada por 411 a.C. O seu argumento é simples e cómico. Como a guerra afasta a paz e os maridos, as mulheres reclamam o fim da guerra fazendo greve de sexo até que se interrompa para sempre as hostilidades. Aproximámos Lisístratado nosso presente, da cultura de massas, da televisão e reality TV. O poeta grego apresentara a sua comédia na Atenas onde as mulheres nem sequer votariam. O público grego rira com o seu jogo de ironias e alusões. Para que o público ria novamente, propomos um exercício passado nos nossos dias, explorando a situação e os seus argumentos. “Com guerra, não há sexo”, dizem as mulheres. “Eu amo-te mais do que ao meu primeiro cão”, argumenta um dos maridos.
Experimentamos técnicas de Interpretação como o Hiper naturalismo em improvisação e contracena com vídeo e projeção.
Duas notas. Aristóteles, o filósofo grego, sugere que a comédia é protagonizada por pessoas ridículas, “piores do que nós”. Tentámos concretizar essa ideia. Mantivemos também a linguagem explícita sobre sexo da peça grega.
Interpretação e cocriação
Bruna Pires, Carolina Ferreira, João Gomes, Leonor Leite, Lucas Guedes, Marta Polt, Rafael Araújo, Sara Dias e Vitória Lemos
Direção
Nuno Meireles
Duração aproximada 45 minutos
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