Organizado em parceria com o New Centre for Research & Practice, a Pós-Graduação em Artes Visuais e Investigação é um curso teórico-prático com a duração de um ano que possibilita aos alunos desenvolverem um percurso individual centrado no estudo das artes visuais contemporâneas. Sem descurar os fundamentos críticos e metodológicos no estudo das artes, esta pós-graduação, criada em 2021, explorando as artes visuais contemporâneas na sua relação com o universo digital e as novas tecnologias, conta com um corpo docente de reputação internacional.
Com a conclusão do curso, os alunos obtêm os seguintes conhecimentos e competências comuns:
1. Conhecimento aprofundado e uma aproximação crítica às Artes visuais e Investigação;
2. Desenvolvimento de perspectivas sobre as Artes Visuais no contexto da prática artística contemporânea, bem como as suas múltiplas direcções e modos de produção;
3. Aprofundamento da área científica de Teoria e Crítica das Artes Visuais;
4. Construção das suas próprias referências potenciais no âmbito das Artes Visuais e das Metodologias de Investigação;
Área Científica | Sigla | Créditos Obrigatórios | Créditos Optativos |
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ARTES VISUAIS | AV | 21 | - |
TEORIA E CRÍTICA DA ARTE | TCA | 21 | - |
LIVRE | - | - | 12 |
TOTAL | 42 | 12 |
UNIDADES CURRICULARES | ÁREA CIENTÍFICA | TIPO | TOTAL | CONTATO | CRÉDITOS |
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LABORATÓRIO DIGITAL / ATELIER DE PRÁTICAS ARTÍSTICAS I | AV | S1 | 225 | PL:90 | 9 |
ARTE CONTEMPORÂNEA E ESTUDOS CRÍTICOS | TCA | S1 | 150 | T:45 OT:15 | 6 |
METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO | AV | S1 | 225 | T:30 TP: 60 | 9 |
OPÇÃO | N/A | S1 | - | - | 6 |
LABORATÓRIO DIGITAL / ATELIER DE PRÁTICAS ARTÍSTICAS II | AV | S2 | 225 | PL:90 | 9 |
ARTE E TECNOLOGIA | TCA | S2 | 150 | T:45 OT:15 | 6 |
TEXTOS DE ARTISTA E PROCESSOS DE TRABALHO | TCA | S2 | 225 | TP: 90 | 9 |
OPÇÃO | N/A | S2 | - | - | 6 |
Anna Longo obteve o seu Doutoramento em Filosofia Estética pela Universidade Paris 1. É membro do Colégio Internacional de Filosofia (Paris), realizando actividade lectiva na Universidade Panthéon-Sorbonne e no CalArts (Los Angeles). Atualmente, é docente no New Centre for Research & Practice. A sua investigação intersecta vários campos, tais como a metafísica, epistemologia e a estética. É autora e editora de vários livros como Le paradoxe de la finitude (2019); La genèse du transcendantal (2017); Breaking the Spell: Speculative Realism under Discussion (2015); Time without Becoming (2014), e Divenire della conoscenza: estetica e contingenza del reale (2013).
Reza Negarestani é filósofo e escritor. Desde o início de 2000, tem contribuído regularmente para revistas e antologias e leccionado em várias universidades e institutos internacionais como o MIT, HKW, Universidade de Duke, The New School, CUNY e a École Normale Supérieure. Os escritos de Negarestani foram traduzidos para mais de treze línguas. O seu trabalho filosófico mais recente, Intelligence and Spirit (MIT Press/ Urbanomic, 2018) investiga o significado da inteligência no cruzamento entre o futuro da humanidade, inteligência artificial, filosofia da mente, teoria da computação, e o Idealismo Alemão. O seu projecto mais recente centra-se na construção de mundos e a questão de habitar um mundo pelo que Wittgenstein teria designado por forma de vida.
Klaus Speidel é filosófo, crítico de arte e curador. Estudou filosofia e história da arte em Munique (LMU) e Paris (École normale supérieure, Paris X Nanterre, Sorbonne). Para além de vários textos académicos sobre arte, narrativa, representação, estilo, desenho e o digital, Klaus escreve, desde 2006, sobre arte e cultura contemporânea para revistas internacionais como a Spike, Artpress, ArtNewspaper, Parnass e Frankfurter Allgemeine Zeitung. Em 2015 recebeu o AICA France Prize for Art Criticism. Foi curador de exposições realizadas na Alemanha, Áustria e França e convidado pelo programa da Arte TV “Philosophie” e conferencista convidado em vários eventos internacionais. De 2003 a 2006, Klaus foi bolseiro pela Sélection internationale da École normale supérieure e, entre 2006-2010, obteve uma bolsa de doutoramento da École normale de Sorbonne. Em 2013, completou o Doutoramento em Filosofia na Sorbonne com uma dissertação sobre as possibilidades e modalidades de narração em imagens individuais. Entre 2015 e 2018, coordenou o projecto de investigação pós-doc da Lise-Meitner “Towards an Experimental Narratology of the Image” no Lab for Cognitive Research in Art History (CReA), Universidade de Viena.
Jason Bahbak Mohaghegh é Professor Auxiliar de Literatura Comparada no Babson College. Investiga a localização de correntes de pensamento experimental no Médio Oriente e no Ocidente, com particular enfoque na exploração dos conceitos de caos, violência, ilusão, silêncio, loucura, futurismo, desaparecimento, e estética apocalítica. Conta com vários livros publicados, incluindo: The Chaotic Imagination: New Literature and Philosophy of the Middle East (Palgrave Macmillan, 2010); Inflictions: The Writing of Violence in the Middle East (Continuum, 2012), The Radical Unspoken: Silence in Middle Eastern and Western Thought (Routledge, 2013); Insurgent, Poet, Mystic, Sectarian: The Four Masks of an Eastern Postmodernism (SUNY, 2015); Elemental Disappearances (co-autoria com Dejan Lukic; Punctum Books, 2016); Omnicide: Mania, Fatality, and the Future-In-Delirium (MIT Press/Urbanomic/Sequence, 2019); e Night: A Philosophy of the After-Dark (Zero Books, 2019). É igualmente co-editor da série Suspensions book da Bloomsbury Press, e co-director do 5º Dissapearance Lab.
Jean-Pierre Caron é filósofo e artista sediado no Rio de Janeiro. A sua pesquisa doutoral, desenvolvida na Universidade de Paris 8 Vincennes-Saint-Denis e na Universidade de São Paulo, propõe uma crítica à filosofia estética de John Cage no âmbito da ontologia contemporânea da arte e filosofia da linguagem. Caron é docente de filosofia na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e integra o Circle of Studies of the Idea and Ideology (CSII) – um colectivo político internacional empenhado em examinar, hoje em dia, a viabilidade da “hipótese comunista”. É músico experimental e noise há mais de 15 anos, tendo lançado vários registos do seu trabalho sonoro, muitos através da sua editora, a Seminal Records. Recentemente, tem trabalhado sobre o problema da organização genérica, na sua relação com a sensibilidade à escala, tal como aparece em vários territórios, como a arte, ciência e a política.
Cécile Malaspina é a autora do livro An Epistemology of Noise (Bloomsbury, 2018) e, em colaboração com John Rogove, foi a tradutora principal para inglês do livro de Gilbert Simondon On the Mode of Existence of Technical Objects (University of Minnesota Press, 2017). É directora de Programa no Collège International de Philosophie, Paris (Ciph), integrando o seu Conselho de Direcção. É professora convidada do King’s College, Londres, onde ministra o programa do Ciph nos Departamentos de Humanidades Digitais e Francês, em associação com o Centro par a Arte e Filosofia. Doutorou-se em epistemologia, filosofia e história da ciência e tecnologia pela Universidade Paris 7 Denis Diderot e obteve o seu Mestrado em Filosofia Francesa Contemporânea e Teoria Crítica pelo Centre for Research in Modern European Philosophy (CRMEP), Reino Unido. Antes de trabalhar em filosofia, formou-se em arte, história da arte (Goldsmiths) e curadoria (RCA). A sua investigação foca-se principalmente na normatividade dos conceitos, em especial nas implicações éticas e estéticas da conceptualização da contingência e incerteza.
Mohammad Salemy é um artista, crítico e curador canadiano radicado em Berlim. Possui um BFA pela Emily Carr University e um MA em Estudos Críticos e Curatoriais pela University of British Columbia. Salemy expôs as suas obras em Ashkal Alwan’s Home Works 7 (Beirute, 2015), Witte de With (Roterdão, 2015) e Robot Love (Eindhoven, 2018), entre outros, e os seus textos foram publicados em e-flux, Flash Art, Third Rail, Brooklyn Rail, Ocula, Arts of the Working Class e Spike. A experiência curatorial de Salemy “For Machine Use Only” foi incluída na 11ª edição da Bienal de Gwangju (2016). Salemy integra a Alphabet Collection, colectivo artístico de constituição transitória e é, desde 2014, organizador e co-fundador do The New Centre for Research & Practice.
Rômulo Moraes é o Coordenador Académico da parceria New Centre-ESAP. É escritor, artista sonoro e etnógrafo brasileiro. Doutorando em Música pela City University de Nova Iorque (CUNY GC) com uma bolsa Fulbright/CAPES, possui Mestrado em Comunicação e Cultura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. É editor do &&& Journal e autor de “Casulos” (Kotter, 2019). Atualmente, pesquisa fenomenologias da imaginação, maximalismo pós-mediático, o entrelaçamento do pop e do experimental, e as cosmopoéticas do garimpo.
Com um corpo docente de elevado perfil científico, a Pós-graduação em Artes Visuais e Investigação possui uma forte componente de investigação teórico-prática, conferindo uma sólida formação no âmbito de futuros projectos de investigação científica e/ou no domínio da arte.
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