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Performance, Coreografia e Práticas Expandidas

Apresentação do Curso

A Pós-Graduação em Performance, Coreografia e Práticas Expandidas propõe um programa prático e teórico interdisciplinar que visa desenvolver competências de prática artística e de discurso crítico no âmbito da performance, dança, coreografia, práticas expandidas e de curadoria de artes performativas em diversos contextos: teatral, expositivo, espaço público e não convencional.

Combinando modalidades de investigação, educação artística, teoria crítica e laboratórios de experimentação, com uma gama interdisciplinar de abordagens (estudos de performance, estudos de coreografia e práticas expandidas, estudos queer, estudos decoloniais e interseccionais, teoria política e ambiental), este programa visa potenciar práticas performativas singulares capazes de dialogar com a complexidade contemporânea, estimulando em cada participante formas de re-imaginar, através da performance e do discurso, modos de intervenção artística, ética e política num mundo multi-espécie e pós-planetário em permanente transformação.

O curso destina-se a profissionais e estudantes provenientes de várias áreas: artes visuais, artes performativas, teatro, dança, arquitetura, cinema, história da arte, curadoria, paisagismo, fotografia, gestão/produção cultural, ciências sociais e humanas, estudos de género, filosofia, literatura comparada, entre outros.  O plano de estudos tem como objectivos:

1. Conhecimento aprofundado dos estudos críticos de performance, coreografia, práticas expandidas e de curadoria de artes performativas no contexto teatral, museológico e espaços não convencionais.

2. Aprofundamento de metodologias e processos de criação no âmbito da performance, coreografia, das práticas expandidas, e da curadoria de artes performativas.

3. Desenvolvimento de ferramentas críticas e estéticas sobre a contemporaneidade, informada por estudos de género, queer, decoloniais, interseccionais, teoria política e ambiental, cultural visual, entre outros, que contribuam para uma prática artística crítica e discursiva.

4. Desenvolvimento da autonomia de cada estudante na construção de referências teóricas e artísticas, metodologias de pesquisa e ferramentas de projecto que potenciem a sua própria prática.

 

Estrutura Curricular

Área CientíficaSiglaCréditos ObrigatóriosCréditos Optativos
TEORIA E CRÍTICA DA ARTETCA25-
ARTES PERFORMATIVASAPF25-
CIÊNCIAS SOCIAISCS10-
TOTAL60

Plano de Estudos

espaçado

UNIDADES CURRICULARESÁREA CIENTÍFICATIPOTOTALCONTATOCRÉDITOS
ESTUDOS DE PERFORMANCETCAS1250T:30 OT:1510
ARTE, NATUREZA, POLÍTICA E INTERSECCIONALIDADETCAS1125T:30 OT:155
LAB I - MÉTODOS, PRÁTICAS E TECNOLOGIASAPFS1250P:9010
SEMINÁRIOSCSS1125S:455
ESTUDOS DE COREOGRAFIA E PRÁTICAS EXPANDIDASTCAS2250T:30 OT:1510
CURADORIA E PRODUÇÃO DE ARTES PERFORMATIVASAPFS2125T:30 OT:155
LAB II - PROJETO DE CRIAÇÃOAPFS2250P:9010
SEMINÁRIOSCSS2125S:455

Corpo Docente

O corpo docente desta pós-graduação inclui, para além dos professores, um conjunto significativo de conferencistas e artistas convidados de reconhecida experiência e mérito académico e/ou profissional, tais como: Catarina Miranda,Ece Canli, Filipa Ramos, Joana Castro, Jonathan Uliel Saldanha, Jorge Gonçalves, Luísa Saraiva, Salomé Lamas, Vera Mota, entre outros.

 

Corpo Docente

 

Alexandra Balona é investigadora, crítica e curadora independente. Licenciada em Arquitetura, pós-graduada em Arte Contemporânea, submeteu a sua dissertação de PhD em Estudos de Cultura (aguarda defesa) sobre a potencialidade política da obra coreográfica de Marlene Monteiro Freitas na Faculdade Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa & European Graduate School.  Realizou o Paris Program in Critical Theory (Paris, 2010-11) e é co-fundadora de PROSPECTIONS for Art, Education and Knowledge Production. Foi curadora de diversos projetos como independente e em equipas curatoriais, tais como: Anton Vidokle: Citizens of the Cosmos (Rampa, 2021); Future Past Imaginaries (Rampa, 2021); Um Elefante no Palácio de Cristal (PING! – Galeria Municipal do Porto, 2021); Abertura, Impureza e Intensidade. Olhares em torno da obra coreográfica de Marlene Monteiro Freitas (Teatro Municipal do Porto, 2020); e Metabolic Rifts (Museu de Serralves e Teatro Municipal do Porto, 2017-2018).

Cristina Planas Leitão é licenciada em Dança Contemporânea, ArtEZ, Arnhem (NL), 2006. Aborda o seu trabalho coreográfico como um ato de resistência e afeto, pesquisando temas conectados com movimentos sociais e políticos e a sua relação com o corpo performativo, na intimidade do teatro.  Como programadora de artes performativas, destaca a colaboração com o Teatro Municipal do Porto desde 2018, onde integra a equipa de programação para as temporadas regulares desde 2019/2020, Festival DDD – Dias da Dança a partir da edição de 2020 e CAMPUS Paulo Cunha e Silva na sua génese e inauguração em 2021 assumindo a co-Direção Artística a partir de Janeiro de 2023.Como professora leciona ativamente a nível internacional desde 2010, as técnicas de Flying Low e Passing Through através de uma abordagem somática e não convencional, bem como workshops em torno do conteúdo da sua prática artística. É mentora e professora regular na ArtEZ HK, Arnhem (NL).

Denise Pollini : Mestre em Artes Cênicas pela Escola de Comunicação da USP e licenciada em Artes Visuais pela  Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP. Coordenadora do Serviço Educativo do Museu de Arte Contemporânea da Fundação de Serralves (2015-2021) e do Museu de Arte Brasileira – MAB/FAAP (1999-2015), onde foi responsável pela implementação do Setor. Docente e conferencista, tendo ministrado as disciplinas:  História da Arte, História da Arquitetura, Direção de Arte para Cinema, Moda e Literatura, História da Moda,  Práticas na Mediação Artística, Mediação Cultural e Educação em Museus, entre outras, nas seguintes instituições: SENAC, SESC, Universidade de São Paulo (USP), Panamericana Escola de Arte e Design, Escola São Paulo, Centro Cultural B_arco e Universidade do Vale do Itajaí (Univali) – no Brasil,  Acesso Cultura, EGAC, ESAP, IMMER (i2ADS), Comédias do Minho, Rede de Museus do Médio Tejo e APEI – Associação dos Profissionais da Educação Infantil – em Portugal.

Eduarda Neves é licenciada em Filosofia e doutorada em Estética Contemporânea. Professora de teoria e crítica de arte contemporânea, área na qual tem vários artigos e livros publicados. IR do grupo de ARTE E ESTUDOS CRÍTICOS do CEAA. Curadora independente. A sua actividade de investigação e de curadoria, articula os domínios da arte, filosofia e política.  Desde Fevereiro 2019, é colaboradora regular da revista de arte “CONTEMPORÂNEA”. Os livros  mais recentes publicados:  : O Auto-retrato. Fotografia e Subjectivação. Lisboa: Ed. Palimpsesto | Ceaa, 2016 [selecionado para o Prémio Pen Club na categoria Ensaio, 2017], 2020, Nem-Isto-Nem-Aquilo. In 2021, 35 Degrees Celsius. Essays on contemporary art, com a mesma editora e Nem-Isto-Nem-Aquilo (2019). É, actualmente, directora da ESAP – Escola Superior Artística do Porto. Integra a Comissão para a  aquisição de arte contemporânea do Estado Português (2019-2020). Editora convidada da revista Contemporânea 7 – Fotografia/Photography (ed. bilingue).

Né Barros é coreógrafa e investigadora no Instituto de Filosofia, Grupo Estética, Política e Conhecimento da Universidade do porto onde concluiu Pós-Doutoramento na área da Estética e Performances. Doutorada pela FMH (U.T.L.), Master in dance, Laban Centre City University, Londres, Curso Superior de Teatro (ESAP). Artisticamente, iniciou a sua formação em dança clássica e mais tarde trabalha dança contemporânea e composição coreográfica, nos Estados Unidos, Smith College. Coreografou para o Balleteatro, Companhia Nacional de Bailado, Ballet Gulbenkian e Aura Dance Company. Professora Auxiliar parcial na ESAP. Autora do livro Da Materialidade na dança, Dança: o corpo e a casa, Co-editora Artes Performativas: Novos DiscursosDas Imagens FamiliaresDeslocações da Intimidade, Unframing Archives. Tem diversos artigos publicados. Co-editora das Coleções “Estética, Política e Artes” e Máquinas de Guerra” (FLUP). Fundadora e codiretora do festival internacional de cinema de arquivo, memória e etnografia – Family Film Project e do Balleteatro. Professora Auxiliar efectiva em regime de tempo parcial na ESAP.

Nuno Ramalho é licenciado em Escultura na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (1999) e possuí um mestrado em New Genres pelo San Francisco Art Institute (2008). Em 2011 iniciou um doutoramento em arte no Goldsmiths College, tendo concluído o mesmo na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (2020). Desenvolve desde 1999 o seu trabalho no campo das artes visuais, individualmente e em colaboração com outros artistas, em áreas como o desenho, instalação, escultura, performance, som, vídeo e práticas de curadoria. Realizou 17 exposições individuais, 5 das quais colaborando com outros artistas, e participou em mais de 60 colectivas em Portugal, Brasil, Espanha, Estados Unidos da América, Noruega, Reino Unido, Rússia e Alemanha. Foi curador de 7 exposições e desde 2016 é programador do projecto de vídeo arte portuguesa Playlist, já com 42 mostras produzidas e apresentadas. Juntamente com Isabel Ribeiro e Susana Chiocca, foi responsável pelo projecto Recursos Humanos, dedicado à apresentação e discussão públicas de obras e processos de criação por parte de artistas plásticos, arquitectos, designers entre outros. A sua obra está representada em colecções institucionais como as do CAV – Centro de Artes Visuais ou da Fundação de Serralves, bem como em diversas colecções particulares. Em 2002 foi artista residente na Triangle France, Marselha e em 2004 foi um dos nomeados para o prémio EDP Novos Artistas. Entre 2006 e 2008 recebeu a bolsa Fulbright/FCC e ainda a Louise Woods Memorial Scholarship. Foi igualmente bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian entre 2011 e 2015. De 2000 a 2005 colaborou com o Serviço Educativo do Museu de Serralves. Foi igualmente professor assistente na cadeira de New Genres I, no San Francisco Art Institute, em 2007, e em 2011 foi responsável pela cadeira de Projecto II na ESAP – Escola Superior Artística do Porto, onde lecciona desde 2017 uma série de seminários sobre vídeo arte portuguesa. Vive e trabalha no Porto e é representado pela galeria Graça Brandão, Lisboa.

Susana Chiocca é doutorada em Arte Contemporânea/Performance pela Facultad de Bellas Artes de Cuenca (Universidad Castilla-La Mancha) em 2016. Licenciada em Escultura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto em 1999. É professora convidada no Colégio das Artes e na FLUC – Faculdade de Letras da Uni. De Coimbra, no Balleteatro, na ESAP – Escola Superior Artística do Porto e na Universidade Lusófona do Porto. Organizou algumas exposições e eventos dos quais destaca o espaço a Sala, dedicado à apresentação de performances (2006-2010), criado juntamente com António Lago, e Acesso de Vertigem nos Maus Hábitos. Enquanto artista tem deambulado por vários terrenos como o desenho, a instalação, o vídeo, o som, a fotografia, a performance. Desenvolve desde 2005 trabalho em torno do texto e da palavra em projectos performativos nos quais a performance, o vídeo e a música se conjugam, tal como o projecto individual BITCHO, ou Balla Prop junto com Ana Ulisses, ou o trabalho performativo com António Lago.

Regulamentos e Documentação

horários e exames

mapa de exames

ÉPOCA NORMAL

ÉPOCA DE RECURSO

ÉPOCA ESPECIAL

Investigação

A Pós-Graduação em Performance, Coreografia e Práticas Expandidas tem como objectivo a aquisição pelos alunos dos seguintes conhecimentos e competências comuns:

a) Conhecimento aprofundado dos estudos críticos de performance, coreografia, práticas expandidas e de curadoria de artes performativas no contexto teatral, museológico e espaços não convencionais;

b) Aprofundamento de metodologias e processos de criação no âmbito da performance, coreografia, das práticas expandidas, e da curadoria de artes performativas;

c) Desenvolvimento de ferramentas críticas e estéticas sobre a contemporaneidade, informada por estudos de género, queer, decoloniais, interseccionais, teoria política e ambiental, cultural visual, entre outros, que contribuam para uma prática artística crítica e discursiva;

d) Desenvolvimento da autonomia de cada estudante na construção de referências teóricas e artísticas, metodologias de pesquisa e ferramentas de projecto que potenciem a sua própria prática.