SONDA como prospeção de práticas no cruzamento entre arte, política e ecologia, dá nome ao Programa Público da Rampa, no biénio 2025-6. Em 2025, debruça-se sobre questões em torno da Terra e da Água e, em 2026, sobre o Ar e o Fogo.
O primeiro momento será um workshop com Ellen Lima e Tiago Patatas, na ESAP – Escola Superior Artística do Porto, na sexta-feira, dia 30 de Maio, entre as 14:30 e as 18:00, com uma apresentação pública às 18:30. A lotação do workshop é limitada, sujeita a inscrição através de rampacultura@gmail.com. A apresentação pública é de entrada livre.
Workshop SONDA
Auditório ESAP, 30 maio 2025, 15:00-19:30
15:00 – 16:30 – workshop
16:30 – 17:00 – coffee break
17:00 – 18:30 – workshop
18:30 – 19:30 – apresentação pública
Ellen Lima: Isso não é uma metáfora: conversas e experimentações em poéticas indígenas
As poéticas indígenas expressam formas de compreensão e integração da vida que se diferem da interpretação utilitarista inscrita no modelo contemporâneo. Neste sentido, à primeira vista, podem parecer metafóricas. Orientado pela circularidade do tempo, o encontro propõe tensionar essas perspectivas, refletindo e conversando em torno de textos e obras de artistas indígenas. Como conclusão/começo, realizaremos um experimento poético coletivo.
Tiago Patatas: Habitar a Transição: Mapear Realidades, Ensaiar Mundos
No actual ambiente político que anima a chamada transição verde, uma paradoxal decisão tomou forma: a abertura de mais e mais projectos mineiros tem sido tomada como medida de mitigação climática. O avanço cego desta máquina tem assaltado existências, corpos e territórios por todo o globo. No norte do território português resiste-se a esta expansão extrativista há quase uma década. Partindo deste nódulo de insurgência, iremos mapear realidades e ensaiar mundos capazes de navegar e contestar o emaranhado de contradições da actual transição energética e do seu imperativo extrativista.
Ellen Lima Wassu é multiartista, peixe de água doce, humana perplexa, jardineira de apartamento e mais bicho que gente. Nascida no Rio de Janeiro, é indígena do povo Wassu Cocal (AL) e atualmente vive em Portugal onde faz doutorado, desenvolve práticas artísticas, realiza cursos, palestras e atua como ativista. Além de integrar revistas literárias e outras coletâneas, publicou em 2021 ixé ygara voltando pra ’y’kûá (Urutau), e em 2023 ybykûatiara um livro de terra (Urutau). Sua prática relaciona arte, poesia, performance, ativismo, crítica, bons encontros, banho de rio, escuta e conversa com flores.
Tiago Patatas é investigador, cujo percurso tem sido moldado pelo diálogo entre as práticas
espaciais, a cultura visual e as humanidades ambientais. Recentemente, tem-se debruçado sobre fenómenos de extractivismo ‘verde’ e imperialismo nuclear. O seu trabalho individual e colectivo tem sido apresentado internacionalmente, nomeadamente, no Nieuwe Instituut (Holanda), Helsinki Biennial (Finlândia), Bergen Kunsthall (Noruega), entre outros fóruns. Leccionou nas universidades do Porto e Lusófona. Paralelamente à sua prática, é doutorando no Royal College of Art, Londres.
Nota:
Crédito imagem Ellen Lima: Leandro Arez.
Crédito imagem Tiago Patatas: Ana Roque.
PÓS-GRADUAÇÕES
Argumento para Cinema e Séries de Ficção
Arquitetura Sustentável
Arte Contemporânea
Arte Sonora e Media Arte
Artes Visuais e Investigação
Auto-edição
Banda Desenhada
Curadoria, Cultura Urbana e Práticas Espaciais
Direção de Arte
Performance, Coreografia e Práticas Expandidas
Produção Cinematográfica
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