Nasce em 1976. Vive e trabalha na cidade onde nasceu. Vila do Conde. Quanto mais escuro mais frio, e o corpo quente da mãe arrefeceu devagar deixando-lhe uma podridão na carne. Estudou em Vila do Conde e, logo depois, o Porto. Düsseldorf. A mão descobriu profunda a sua voz; mão guiada pelo pensamento. Dizer dor. Dizer memória. Dizer morte. Nada querer dizer, apenas mostrar a podridão que o habita com disciplina e rigor, afinal: trabalho, seguindo os mandamentos que compõem o seu decálogo. Ama o que faz, pois é ele próprio. Não se refere à arte em vão. Glorifica os dias de trabalho, assim como os de descanso. Honra a família e os amigos. Não matará, a não ser que não haja outra saída. As palavras e as acções deverão ser feras cordiais. Quanto a falsos testemunhos, serão tão falsos assim? Nada quer com o que não é seu. Nada tem a não ser duas datas; a primeira já registada, a última em suspenso, mas escolhida a banda sonora do seu funeral.
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